terça-feira, 9 de setembro de 2014

Deu jeito II

Deu jeito e continua a dar.
Estas cadeiras de refeição portáteis foram possivelmente das melhores compras que fiz desde que os meus filhos nasceram.
As vantagens são imensas: ocupam pouco espaço, adaptam-se a qualquer cadeira, podemos utilizá-las quando vamos comer fora, quando os bebés vão para casa da avó, são fáceis de transportar e o preço é acessível.
Existe muita opção de escolha, de diferentes marcas e a diversos preços.



segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Dois anos

Passaram dois anos. Dois anos de cerejas. Dois anos de uma outra vida. Dois anos do maior e mais exigente projeto da minha vida.
É quando lhes pego ao colo que percebo como o tempo passa, sinto o tempo no comprimento, no peso.
Paro, olhando-os e penso nos bebés pequeninos que eram quando nasceram. Vejo fotos deles recém-nascidos e reparo com pormenor no que mudou no seu rosto.
Olho para os dois e vejo os mesmos olhos e os mesmos caracóis.

Dois anos cheios de intensidade e de história. Dois anos a aprender sobre mim, sobre ele e sobre o mundo. Dois anos a somar. Dois anos de tudo a dobrar. 

domingo, 6 de julho de 2014

Como evitar que os pais façam birra quando o filho está a fazer uma birra

1. Respirar fundo.
2. Perceber ou relembrar que a birra é, muitas vezes, a única e por isso a melhor resposta que a criança tem à frustração. As crianças possuem um vocabulário reduzido, logo pouca capacidade para se exprimir.
3. Manter a calma. Queres que a criança se acalme e perdes tu a calma?
4. Relembrar a si mesmo: quem é o adulto? 
5. Não olhar a criança como um ser manipulador, que age maquiavelicamente com o intuito de conseguir o que quer e de, quem sabe, dominar o mundo.
6. Não se preocupar com os outros. Eu sei, os olhares incomodam, mas foca-te no que é importante: o teu filho. 
7. Falar com a criança com calma, estando ao seu nível, isto é olhos nos olhos. 
8. Caso esteja a ser difícil manter a calma, afastar-se um pouco, uns passos é o suficiente. Olhar para  a criança, percebê-la, respirar, relembrar todos os outros pontos, voltar.
9. Amá-la.
10. Aceitar e aproveitar o abraço que nos dão quando a birra termina. 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Os caracóis do meu filho

O meu filho cortou o cabelo. O primeiro corte de cabelo a sério, já lhe tinha cortado o cabelo várias vezes, cortava eu, em casa, para dar um jeitinho. Mas este corte foi a sério.

Os caracóis redondos e perfeitos que te emolduravam o rosto bochechudo, desenhado a lápis, deram lugar a um penteado curto e à ausência de caracóis. Ficaste tão crescido, pareces um menino grande.
Reparo nas tuas orelhas, outrora escondidas pelo farto cabelo, e que perfeitas que são! Olho para a tua nuca, aprecio a pele morena e olho a falta de caracóis.
Enquanto o pente e a tesoura iam dançando na tua cabeça via nos caracóis que caiam no chão cada passo teu, cada palavra. Estás crescido, filho. Com os caracóis foi o teu ar de bebé. Deu-me vontade de chorar, sabes? Coisas de mãe.
Quando dormes vou para junto de ti e olho-te, os caracóis adivinham-se, voltarão a surgir por certo. Passo a mão pela tua cabeça e não há caracóis para percorrer os meus dedos.
Eu sei, foi só um corte de cabelo. Mas tirou-me o ar de bebé e deu-me a consciência que falta pouco mais de um mês para vocês fazerem 2 anos...

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Quem gosta cuida

Estavam os dois doentes. E ela como quem nasce com este instinto primitivo de cuidar, cuidou dele na tentativa de lhe tornar o dia melhor. São estas pequenas coisas que não têm preço e é por isto que ser mãe de gémeos é uma benção.


sexta-feira, 23 de maio de 2014

Vocês.

Filha, o que mais gosto em ti é a facilidade com que sorris e de ver o meu sorriso no teu, os teus caracóis apertados, a tua mão igual à minha. Gosto quando repetes tudo o que ouves e quando chamas: Mamã! Gosto de prender os teus caracóis com ganchos e de fazer totós. Comes com gosto e sem vergonha e eu gosto que assim seja. Gosto quando danças, muito concentrada e quando posas, sem ninguém pedir, para a fotografia.

Filho, o que mais gosto em ti é o teu jeito mimoso, quando fazes do meu peito almofada e quando gentilmente me chegas para perto de ti para me abraçares. Gosto quando vais dormir com a mamã e o papá. Gosto quando não paras quieto e esfolas os joelhos, as mãos e fazes galos na cabeça. Quando escalas móveis, sofás e escadas. Gosto do teu jeito matreiro. Gosto quando gostas de nos fazer rir. Gosto quando finges que estás a dormir só para a mamã te dar mais mimo.


É isto. 

quinta-feira, 15 de maio de 2014

O mais difícil de ser Mãe de Gémeos é…

 Não é nenhuma fatalidade ter gémeos, nunca achei que fosse. Mas a vida muda e há coisas que complicam naturalmente, o que para o comum dos mortais é simples e garantido para mim pode acarretar um trabalho imenso e ser logisticamente complicado. Então, o mais difícil é:

- As pessoas gostarem de observar as nossas manobras diárias de mães de gémeos, por exemplo, tirar 2 crianças de 21 meses do carro, mas NÃO oferecerem ajuda e nos sentirmos que estamos a dar um espectáculo sem cobrar bilhete; 
- Não conseguir por vezes responder às solicitações de um porque estamos ocupadas com o outro;
- Conseguir respeitar os ritmos, vontades e desejos de cada um (um quer estar ao colo e o outro quer jogar à bola contigo; se um está entretido a brincar, o outro está agarrado às nossas pernas, depois o que estava entretido pede mimos e o que estava agarrado a nós vai brincar;, um não quer dividir o colo com o outro)

- O mais difícil não é eles serem dois, é nós sermos só uma.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Nota mental I

Se a tua filha tem o cabelo encaracolado tem muita cautela quando lhe cortares a franja!




quarta-feira, 16 de abril de 2014

Teoria da exterogestação

Já aqui vos falei de uma técnica para acalmar o bebé (aqui), a par dessa existem mais que tentam reproduzir o ambiente intrauterino, a intenção é basicamente estender a vida que o bebé conheceu na barriga da mãe cá para fora.

Nascemos bastante imaturos, o nosso cérebro no nascimento não está totalmente desenvolvido, sendo a parte do corpo que mais cresce depois do parto e, por isso, os bebés demoram mais tempo a andar do que qualquer outro mamífero. 
O nosso cérebro é tão pequeno à nascença porque a nossa pélvis tornou-se demasiado estreita pelo facto de andarmos erguidos.

Nos primeiros 3 meses os bebés são extremamente imaturos e é benéfico o uso destas técnicas que reproduzem o ambiente que o bebé vivia na barriga da mãe.

1. Uma das coisas que fiz inúmeras vezes, foi embrulhar os meus filhos numa mantinha (Swalding) assim:

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjysZOtCAJORyGIxsnKa_sdT7qszDUqgpZGfI76Vmu47FwqPDUJ53_RKD-mi0QrTqnQlH-nccjFxkwRPd2gZyVU8_5kJg04e3BpU__zIfd710zbdHboN1RbTW4MRKjMUKNWweN6RVLoRrvh/s1600/swaddling.jpg
Eles sentem-se confortáveis, como no útero.

2. Usei e abusei do sling, mantêm o bebé perto de nós e na posição que lhe é mais confortável: de lado. Antes de nascer o bebé nunca esteve de barriga para cima, sentindo-se mais confortável deitado de lado (Side/Stomatch).

ATENÇÃO QUE A POSIÇÃO RECOMENDADA PARA O BEBÉ DORMIR PARA EVITAR O SÍNDROME DE MORTE SÚBITA É DE BARRIGA PARA CIMA. 

Este método de deitar o bebé de lado só devo ser usado com supervisão e de preferência por períodos não muito longos de tempo.

3. Todos já repararam certamente que os bebés gostam de nadar de “rabo tremido” como vulgarmente dizemos, não há bebé que não goste andar de carro ou de ser transportado no carrinho. Os movimentos repetitivos e ritmados, abanar o bebé também o acalma (Swinging). Este tipo de movimento é facilmente consigo estando o bebé no sling, por exemplo.

4.A sucção (sucking) acalma o bebé, portanto recomenda-se neste caso o uso da chucha. É pacificador e um reflexo calmante.


Estas técnicas são defendidas pelo Dr. Harvey Karp, são interessantíssimas e resultam de facto. Podem vê-lo e ouvi-lo aqui: 


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Partilhas, ou nem tanto

Filhos,

partilharam a minha barriga 37 semanas e agora há dias em que não conseguem partilhar um colo, o meu.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Tempo e palavras

Uma das coisas que ganha outra dimensão quando somos mães é o tempo. 
O tempo passa a ser antagónico, o tempo passa a ser escasso e a demorar demasiado tempo a passar. Depende se queremos uma hora a mais para dormir ou se estamos na sala de espera do centro de saúde. 
O tempo atraiçoa-nos. De repente, sem dar pelo tempo passar, já são várias as palavras ditas irrepreensivelmente pelos meus filhos:
Mãe, Pai, Mamã, Papá, Avó, Avô, Tânia, Fafá, Mana, mais, não, já está, Papa, cocó, chichi, orelha, ovelha, abelha, Bárbara, bebé, peixe, doida.

Assim, sem o tempo avisar que não perdoa. 

segunda-feira, 31 de março de 2014

Manos

Filhos,
acabam de criar o hábito mais bonito e mais puro de sempre por vossa livre e espontânea vontade. Sempre que acordam apressam-se a procurar a vossa outra metade para dar um beijinho de bom dia.

Assim. De coração cheio. 

sábado, 29 de março de 2014

5 coisas que não se devem dizer a (esta) mãe de gémeos


1.       Ela é mais fraquinha do que ele, não é?
2.       Ficaste logo despachada.
3.       Sei bem o que isso é…tenho dois também…com um ano e meio de diferença.
4.       São verdadeiros?

5.       Credo, antes tu do que eu.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Vocabulário de mãe

Desde que sou mãe aprendi tanto. E aumentei bastante o meu vocabulário, com palavras como: Atrovent, Ventilan, Celestone, Aerius, Cetirizina.

Bronquiolite a dobrar é dose. 



sábado, 1 de fevereiro de 2014

Deu jeito I

Nos primeiros 3 meses quando as noites eram mais atribuladas e muitas vezes mal conseguíamos jantar, numa das muitas pesquisas e leituras que fiz para perceber melhor o sono dos bebés, descobri que havia um som que prometia ser milagroso. Quando já nada parecia resultar e nós achávamos que não aguentávamos mais um segundo.
Em vários sites e blogs falavam do som do útero materno e da maneira como magicamente acalmava os bebés. O som do útero materno (o nome não deixa margem para dúvidas, é a reprodução do som que o bebé ouve quando está no útero da mãe) serve como um calmante para o bebé, apazigua-o como que por magia. O que acontece é que o ambiente da gestação é reproduzido através do som, existem uma série de outros métodos em que é possível recriar o ambiente intrauterino .
Experimentem, mamãs e papás mais ou menos céticos, vão ver como é surpreendente o efeito que tem nos vossos filhos.

O mesmo som pode ser reproduzindo fazendo “shhhhhh” ao ouvido da criança ou com o som de um secador.

Foi a “música” mais ouvida na nossa casa durante muito tempo e em modo repeat.

http://www.youtube.com/watch?v=Yp8fvDi38UY