quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Dias não.

Não vou negar, há dias de muito cansaço, há dias em que parece que não comando as minhas pernas porque quase não as sinto. Há dias difíceis, aqueles que parecem ter mais de 24h, aqueles em que desejaríamos ter mais braços, mais colos. Há dias em que sentimos que não somos capazes e para além de cansadas ficamos tristes. Entristecemo-nos cansadas, os olhos pesam, todo o corpo dói, mas não sentimos nenhuma parte dele.
Nesses dias tudo parece pior e maior. Mas de uma coisa eu tenho a certeza, se a vida nos deu gémeos é porque conseguiremos corresponder ao que isso exige. E simplesmente conseguimos, às vezes não sabemos bem como, outras vezes não é como queríamos que fosse, mas conseguimos.
Nestes dias, em que por uma razão ou por todas as razões do mundo nada corre como previsto, nada corre mais ou menos bem e desesperamos. Ficamos cansadas, tristes e desesperadas. Apetece-nos descansar, segredar um “boa noite” à almofada, mas não podemos porque temos ali os nossos filhos mais enérgicos que nunca, pensamos nós.
Mamãs grávidas, recém mamãs, será que se sentirão, por vezes, assim? Possivelmente. Faz parte. O corpo cede, a cabeça pede misericórdia. Não é fatalismo, simplesmente há dias assim, ser mãe é exigente, os filhos darão sempre trabalho tenham 2 dias ou 2 anos. Por motivos diferentes, com necessidades e exigências diferentes, mas os filhos dão sempre trabalho. São nossos e precisam de nós.
Ser mãe também é isto, é sermos levadas ao limite e não pudermos descansar quando queremos e mesmo assim conseguir. Conseguir sempre, mesmo nos dias que parecem impossíveis. E não são estes dias que nos tornam imperfeitas, estes dias tornam-nos de carne e osso, mostram-nos.

Mas é nestes dias, em todos os outros também, mas principalmente nestes, que sei que as mães de gémeos não são escolhidas por acaso. Há alguma coisa, causa ou consequência de gerar gémeos, mas há qualquer coisa dentro de cada mãe de gémeos.


Sucedem-se outros dias mais calmos, mais solarengos e aqueles dias menos bons, em que fomos tristes, cansadas, desesperadas, não nos parecem, afinal, tão maus assim. 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

De Pijama para a escola


Ontem foi o Dia Nacional do Pijama. Os bebés foram de pijama para a escola, um ato simbólico para uma causa nobre.
Celebrado no dia 20 de Novembro, Dia Internacional da Convenção dos Direitos da Criança, este dia pretende sensibilizar todos que “uma criança tem direito a crescer numa família". Esta ação alerta para a necessidade de aumentar o número de famílias de acolhimento em Portugal, de modo a ser possível proporcionar às nossas crianças um lar mesmo quando são separadas dos seus pais.

Para saber mais:


www.mundosdevida.pt

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Cada um é como cada qual

Nunca entendi o extremismo, aquele acreditar inflexível que nos incapacita e imobiliza. E agora que sou mãe ainda menos entendo.
Compreendo que se defendam ideias, que se tenham princípios que orientem o exercício da parentalidade, o ser mãe, o ser pai.
O que não entendo é porque tanta gente se preocupa mais com quem não segue a sua linha de pensamento do que propriamente com a própria linha de pensamento. Que se argumente, que se dialogue, que se troquem ideias, mas o mais importante que se aceite. Que se aceitem as ideias contrárias, as vontades contrárias às nossas. Não atacam mães e pais só porque não agem como vocês agiriam.
Cada mãe age com o coração, fará o que for melhor para si e para os seus filhos. Deixemo-nos de incompreensões e a ilusão de que a verdade é nossa. Sejam mães e pais tão bem quanto sabem ser, mudem de opinião sempre que necessário, apurem-se, melhorem-se.
Mas nunca esperem agradar a todos.

Não há formulas corretas, nem infalíveis. Existem pessoas.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ser Gémeo é...

Há poucos dias assisti à primeira manifestação de carinho entre os meus filhos. Ou pelo menos aquela foi a primeira que eles me deixaram decifrar.
Iam os dois dentro de um carrinho de supermercado e sem nada o prever o príncipe abre a boca, numa tentativa de beijo, e avança o tronco em direção à mana. Ao segundo beijo, ela mais entendida nestas coisas de beijos, junta os lábios inclina-se na direção do irmão que a esperava de boca aberta e beijam-se.

Uns quantos beijos depois ele encosta a cara nas costas dela e tenho quase a certeza que lhe segredou: Amo-te, mana.