terça-feira, 1 de dezembro de 2015

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Dialetos

Jamos, mãe! (Vamos, mãe!)

Acaba a luz! (Apaga a luz!)

Tapar com a tampa. (Tapar com a manta.)

Tomer bebenho. (Tomar banho.)

O góveu. (O telemóvel.)

O xódi. (O fio dental.)

O poco. (O copo.)

As picocas. (As pipocas.)

domingo, 7 de junho de 2015

Géneros. Para refletir.

Questões de género aos 33 meses.

O mano quis usar uma coroa de flores, a mana sentido-se proprietária da mesma diz:

- Isso é só para meninas!


Noutra situação. Decidem trocar de cadeiras auto, ele vai na cadeira dela, ela na dele, mas não muito convencida. A meio da viagem ela, chateada, diz-lhe:

- És uma menina.

- Não xou nada.

- És uma me-ni-na.

Ele chora.

33 meses. E nós, sociedade, já lhes imprimimos tudo isto. 33 meses. E nunca em casa foi dito que isto ou aquilo é só de menina ou só de menino, é assustador o poder que uma construção social tem e como desde cedo somos obrigados a agir consoante o que é esperado de nós face ao nosso género. 

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Somos o que comemos - Reportagem Sic

Esta será a melhor e mais esclarecedora reportagem transmitida ultimamente. Só vem tarde.

Não podemos descurar a alimentação dos nossos filhos, não nos podemos demitir da responsabilidade de ensinar os nossos filhos a comer.
A sociedade culpa as cadeias de fast-food pelo excesso de peso das nossas crianças, mas digam-me: quem é responsável? Quem paga? Não podemos responsabilizar elementos externos pela má alimentação dos filhos quando somos nós, adultos, pais, avós, tias, quem compra, cozinha e gere a despensa.

Os maus hábitos somos nós que os criamos. A culpa é nossa.

É preciso estar informado, é preciso sentido crítico. Compreendo que muitos pais não saibam o que contêm realmente os alimentos, mas não compreendo quem não mudem de opinião depois de ter acesso à informação.

É preciso compreender que os cereais (chocapic, estrelitas, por exemplo) não são bons, nem fazem bem, nem têm que ser o pequeno almoço das nossas crianças. Os cereais têm na sua composição MUITO açúcar, demasiado açúcar. É preciso compreender que os bolos e bolinhos não se equiparam a copos de leite. É preciso entender que os refrigerantes e que o ice-tea não fazem falta e não são necessários. As papas não são boas. Não se pode comparar a fruta em boião a fruta real, não é a mesma coisa.

Comida em boião, fruta em boião. Quantos de vós come comida em boião, quantos de vós gostaria de comer comida em boião? Processado, com aditivos, com açucares. Será justo fazê-lo às nossas crianças? É tão triste iniciar a nossa experiência gastronómica comendo comida de boião.

Tudo isto é açúcar. Tudo isto são maus hábitos. Tudo isto é culpa nossa, não das cadeias de fast-food.

Uma melhor compreensão dos alimentos exige trabalho e pesquisa, mas é possível encontrar alternativas e mudar os hábitos alimentares.

Vejam esta maravilhosa e esclarecedora reportagem e reconsiderem os vossos hábitos alimentares, reconsiderem o que comprar, o que cozinhar. Pela vossa saúde.


http://player.sicnoticias.pt/video/sicnot/2015-04-01-Grande-Reportagem-Interactiva-Somos-o-que-comemos-

terça-feira, 17 de março de 2015

Devíamos ter tudo aos pares

Dois gémeos. Uma televisão para desligar na hora de ir deitar.

-Filho, podes desligar a televisão?
Ele acede com gosto. Ela riposta com mais gosto ainda.
Televisão desligada. Berreiro.
- Filho, deixas a mana apagar (novamente) a televisão?
- Não.

Penso: mais vale um a fazer birra do que dois. Não o contrario.

Ele posiciona-se estrategicamente junto ao botão de desligar a tv. Ela grita reivindicando o direito de apagar a televisão.

- Deixa filho, olha a mana a chorar.
Ele liga a televisão e afasta-se. Ela desliga rapidamente para não perder a oportunidade, tão rapidamente que nem dá tempo de aparecer imagem na tv.
Ela chora novamente. Pego-lhe:

- Filha, podes acender a luz das escadas? A mãe não consegue.

Ela, enquanto num gesto afasta o cabelo dos olhos e com um ar atarefado:
-Xim!