quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Deixá-los

Deixar um filho no infantário é o mesmo que deixarmos ao cuidado de um estranho um órgão vital. Não dá. As funções vitais ficam seriamente comprometidas.
Depois de um ano em casa, a vivermos cada segundo, a olhá-los a cada instante, a viver de perto e intensamente um ano de descobertas mútuas, deixo-os ao cuidado de um estranho. É isto que uma mãe sente quando deixa o filho no infantário.
Aquela pessoa que o recebe o nosso filho não o conhece, não sabe o que ele gosta, como ele é, isso atordoa o coração de uma mãe. Claro que esperamos o melhor, profissionalismo, tato, respeito, carinho. Com o tempo virá o amor, o amor de quem cuida.
A meio da quarta semana de infantário o balanço é positivo, a adaptação foi boa, sem choros, nem birras. Esperava uma boa adaptação, mas correu ainda melhor do que aquilo que perspetivava.
Nos dois primeiros dias ficaram cerca de 2 horas, brincaram alegremente, exploraram.
No terceiro dia almoçaram e como comida é assunto sério nesta casa, correu também muito bem. No dia seguinte dormiram a sesta e sem eu ter planeado acabaram por lanchar por lá, eu e a prima demos os iogurtes e seguimos viagem, tranquilos.
E o final da semana tiveram direito ao pack completo.

Quatro semanas depois, é tudo muito mais natural, faz parte da rotina. Continua a custar, o meu coração fica lá com eles. Mas sabem, é maravilhoso ser mãe de gémeos e mais maravilhoso ainda ter um irmão gémeo, haverá algo melhor do que passar por estas experiências sempre com o mano ou com a mana ali bem perto? 

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