sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Se soubesse o que sei hoje...

Penso muito no que faria diferente se tivesse os bebés hoje. Não há nada como a experiência para percebermos o que nos serve melhor.
Quando nasci enquanto mãe estava envolvida em mitos, ideias pré-feitas, incertezas. O normal.
Das fases que mais recordo são os dias e as noites que passei no puerpério, depois dos bebés nascerem. Tão maus.
Lembro-me vezes sem conta de uma situação em particular. Numa das noites, depois de dar mama dormia tranquilamente com a minha filha na minha cama. Eu dormia, ela dormia. Emergida do silêncio daquelas paredes aparece a enfermeira que me sugere que deite a minha filha no berço.
Passados poucos minutos assim o fiz. O berço era em acrílico, frio e feio. Havia a minha filha saído de dentro de mim há horas e sugere que substitua o calor do meu corpo por um distante berço. 
Não o voltaria a fazer, não faz sentido algum e porque acima de tudo eu não o queria fazer. Nem eu nem a minha filha.
Há poucos dias li:

“ Os recém-nascidos necessitam de contacto físico; foi provado experimentalmente que, durante a primeira hora depois do parto, os bebés que estão no berço choram dez vezes mais do que aqueles que se encontram nos braços da mãe”.
Bésame Mucho
Carlos González
E eu diria, por instinto e experiência, que podemos extrapolar esta primeira hora para todas as horas que se seguem na vida de um bebé. 

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